O governo decidiu fazer de forma centralizada os reingressos dos demitidos no governo Collor, cerca de 5 mil anistiados. Eles serão alocados nos ministérios onde haja necessidade e não necessariamente no órgão de origem. Isso reduzirá a demanda por novos concursos públicos. A realocação será conduzida pelo Ministério do Planejamento após publicação de decreto. Essa foi outra decisão tomada pelo presidente Lula, anunciou o ministro do Planejamento Paulo Bernardo. De acordo com ele, cerca de 3 mil servidores públicos demitidos no governo Collor, mas que foram anistiados, já voltaram para o órgão de origem. "Com isso, vamos atender às necessidades de cada órgão", disse. Pela regra atual, o servidor é reincorporado exatamente no órgão onde trabalhava quando foi demitido. A mudança, segundo o ministro, abrirá a possibilidade de redução da necessidade de fazer concursos públicos. A decisão agradou ao diretor da Condef, Pedro Armengol, que representa os servidores na comissão criada pelo governo para tratar da reintegração dos servidores. "Concordamos com essa proposta para agilizar o processo de readmissão dos anistiados", informou. Segundo ele, o governo não vem cumprindo o calendário de realocação dos anistiados, alegando falta de recursos orçamentários. Citou o exemplo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Em outubro, selamos um acordo para a readmissão de 1.179 anistiados, de um total de dois mil, até julho deste ano. Mas, até agora, poucos conseguiram voltar", disse o sindicalista. No caso da Conab, os anistiados estão acampados na porta da empresa. Até o último dia 31, 300 anistiados já deveriam ter voltado ao trabalho. Porém, até hoje, apenas 20 foram chamados, mas nenhum deles tomou posse. O presidente da Conab, Jacinto Ferreira, informou que a admissão dos anistiados depende do Ministério da Agricultura.
Publicado em: 03/03/2007
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